A endometriose é uma condição clínica que afeta em torno de 7 %, muitas mulheres no período reprodutivo, sendo assintomática em 20% dos casos. É caracterizada pela presença de endométrio fora do útero ou internamente, dentro do miométrio, ou seja, pequenas porções da mucosa uterina ligam-se a outros órgãos vizinhos, tais como os ovários, paredes do intestino e da bexiga, trompas e ureter.
As células endometriais, ao atingirem o peritônio, são logo removidas por complexos mecanismos imunológicos envolvendo principalmente os macrófagos. Por defeito na fagocitose, os macrófagos deixam de fagocitar as células endometriais, permitindo a implantação. Essas porções do tecido endometrial respondem às mudanças hormonais e sangram durante a menstruação. Uma vez que o sangue não consegue deixar o corpo pela vagina, sua saída natural, ele irrita os tecidos vizinhos, causando dor debilitante, e eventualmente formando cicatrizes, além de ciclos menstruais intensos, e em casos severos pode levar a infertilidade.
Frequentemente, o estágio da doença não se relaciona com os sintomas(pacientes com endometriose grave podem não apresentar sintomas, outras, com endometriose leve a moderada, apresentam dor intensa). Podem apresentar sintomas como, dismenorréia(cólica menstrual), infertilidade, dor cíclica na parede abdominal, dor pélvica, nódulos azulados na vulva, vagina, colo do útero, entre outros.
Quanto ao tratamento, depende de uma abordagem do médico com a paciente, pois atualmente não há cura para a endometriose, no entanto para o alívio da dor e dos sintomas, pode-se recorrer a cirurgia que só é feita em centros especializados e de acordo com o perfil clínico de cada paciente.
Há 2 anos
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