"Não podemos acrescentar dias à nossa vida, mas podemos acrescentar vida aos nossos dias." (Cora Coralina)

domingo, 20 de junho de 2010

 NEFRITE



A nefrite é causada pela inflamação dos glomérulos renais (parte responsável pela filtragem nos rins), inflamação essa geralmente provocada a partir de algum fenômeno imunológico (ou seja, uma tentativa de nosso corpo de defender-se de algo).
A nefrite é um problema que deve ser encarado com seriedade, pois é responsável por 50% das doenças renais. A nefrite ocorre quando uma substância estranha entra na circulação e é levada aos setores de defesa do nosso corpo.
De acordo com o nível de gravidade do problema, há dois tipos de nefrite: a aguda e a crônica. No primeiro caso, por ser uma manifestação mais branda da doença, há uma tendência para a recuperação espontânea do doente. Já na forma crônica, onde a doença encontra-se num estado mais agravado, ocorrendo assim a lesão progressiva dos glomérulos renais (em outras palavras, seus rins vão sendo destruídos aos poucos).

publicação do site: http://www.nutricaoemfoco.com/2008/06/06/nefrite/
Pneumoconiose
 
 
 
O aparelho respiratório conta com uma série de mecanismos destinados a filtrar e a eliminar as partículas que se encontram suspensas no ar que inalamos. As partículas de maior tamanho costumam ser repelidas pelos pêlos que se encontram em redor dos vestíbulos nasais ou retidas no muco que reveste as fossas nasais, sendo posteriormente arrastadas pelos movimentos dos cílios das células da mucosa até à faringe ou expulsas para o exterior através de espirros. Por vezes, as mais pequenas conseguem superar estas barreiras e chegar aos brônquios.
A maioria destas pequenas partículas são expulsas com o ar expirado, podendo igualmente ficar presas às pegajosas secreções que revestem as vias aéreas inferiores, sendo depois arrastadas pelos movimentos ciliares para a faringe, onde são posteriormente deglutidas. Contudo, algumas escapam a este sistema de "varrimento", o que lhes permite chegar aos alvéolos, onde existe um outro mecanismo protector, onde são detectadas e absorvidas por células defensivas (os macrófagos), que procedem à sua eliminação evitando o seu contacto directo com o tecido pulmonar. Estes sistemas defensivos são muito eficazes perante a inalação ocasional de partículas. No entanto, quando uma pessoa, na sua actividade ou profissão, inala repetidamente ar repleto de determinado tipo de reduzidas partículas durante longos períodos, estes mecanismos de defesa podem tornar-se insuficientes. Neste caso, deposita-se no tecido pulmonar um número progressivamente maior de partículas, provocando lesões que caracterizam os vários tipos de pneumoconioses.
Existem diferentes tipos de pneumoconioses, embora os mais frequentes sejam a silicose e a asbestose.

publicação do site: http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=227
 PERICARDITE AGUDA



O pericárdio é um saco constituído de duas camadas finas que envolvem o coração. Ele contém uma pequena quantidade de líquido entre estas duas camadas , permitindo o deslizamento de uma camada sobre a outra (líquido pericárdico).
O pericárdio mantém o coração em sua posição habitual , impede que este se encha demasiadamente de sangue ao se relaxar (diástole) e o protege de possíveis infecções que possam acometer o mediastino (região central do tórax) . No entanto, o pericárdio não um elemento vital à vida e, caso seja removido, ele não produzirá efeitos relevantes sobre o desempenho cardíaco. Em raros casos, pode ocorrer uma ausência congênita do pericárdio (agenesia). 
A pericardite aguda é uma inflamação do pericárdio que apresenta um início súbito , sendo freqüentemente dolorosa. A inflamação faz com que o líquido e os produtos inflamatórios do sangue (como fibrina , eritrócitos e leucócitos) , depositem-se no espaço pericárdico , o que chamamos de derrame pericárdico.
Causas:
A pericardite aguda  possui muitas causas, desde infecções virais (as quais podem ser dolorosas mas de breve duração e, em geral, não produzem efeitos crônicos) até o câncer, o qual é potencialmente letal.
Outras causas incluem , SIDA (síndrome da imunodeficiência adquirida), infarto do miocárdio, cirurgia cardíaca, lúpus eritematoso sistêmico, artrite  reumatóide, insuficiência renal , lesões traumáticas , radioterapia e escape de sangue de um aneurisma da aorta ou dissecção aguda da aorta .
A pericardite aguda também pode ser um efeito colateral de certas drogas, como anticoagulantes , penicilina, procainamida, fenitoína e fenilbutazona . A pericardite aguda ainda poderá ser recorrente e sem uma causa aparente (PA idiopática).
Complicações:
O tamponamento cardíaco é a complicação mais temida e grave de uma pericardite aguda . Em geral , o tamponamento é decorrente do acúmulo excessivo de líquido ou de sangue no pericárdio ( derrame pericárdico), afetando o desempenho do coração.
Tuberculose , tumores , lesões traumáticas , cirurgias , infecções virais e bacterianas , hipotireoidismo e a insuficiência renal , são causas de tamponamento cardíaco. No tamponamento cardíaco a pressão arterial pode cair bruscamente, atingindo níveis mais baixos durante a inspiração. Outro achado do exame físico , é o abafamento das bulhas cardíacas na ausculta cardíaca. 
Para confirmar o diagnóstico, o médico utiliza o ecocardiograma ( procedimento que utiliza ondas ultrassônicas para gerar uma imagem do coração). Freqüentemente, o tamponamento cardíaco representa uma emergência médica. O distúrbio é imediatamente tratado através da drenagem cirúrgica ou da punção do pericárdio com uma agulha longa para remoção de líquido e redução da pressão.
Quando possível, a remoção do líquido é realizada com monitorização através do ecocardiograma . No caso de uma pericardite aguda de origem desconhecida, o médico pode drenar cirurgicamente o pericárdio, coletando uma amostra para auxiliar na determinação do diagnóstico ( análise laboratorial do líquido pericárdico ).
Depois da pressão ser aliviada, o paciente comumente é mantido hospitalizado como medida de prevenção da recorrência do tamponamento.
Sinais e sintomas:
Normalmente, a pericardite aguda  provoca febre e dor torácica. A dor pode ser semelhante a de um infarto do miocárdio , exceto pela sua tendência a piorar na posição deitada , durante a tosse ou com a respiração profunda ( caráter ventilatório ). O principal temor , em relação ao quadro clínico da pericardite aguda e, que , esta pode causar um tamponamento cardíaco , um distúrbio potencialmente letal.
Diagnóstico:
O médico poderá diagnosticar a pericardite aguda  através da descrição da dor pelo paciente e pela ausculta com o auxílio de um estetoscópio colocado sobre o tórax do paciente. A  pericardite aguda pode produzir um ruido  semelhante ao atrito de um couro novo ( atrito pericárdico ).
O eletrocardiograma pode apresentar um padrão que é típico da doença. A radiologia do tórax pode demonstrar um aumento da área do coração e o ecocardiograma , podem revelar a presença de uma quantidade excessiva de líquido no pericárdio . O ecocardiograma também poderá sugerir a causa básica da pericardite aguda , por exemplo, um tumor e , mostrar a pressão exercida pelo líquido pericárdico sobre as câmaras cardíacas direitas.
Os exames de sangue pode  permitir a detecção de alguns distúrbios causadores de pericardite como a leucemia, a SIDA , infecções como a tuberculose, a febre reumática ( moléstia reumática ) e o aumento dos níveis de uréia e creatinina no sangue na insuficiência renal ou do elevação do TSH ( hormônio estimulante da tireóide ), no hipotireoidismo.
Prognóstico: 
A gravidade do quadro dependerá da causa da pericardite aguda . Quando causada por vírus ou por uma causa não evidente ( idiopática ) , a recuperação geralmente é completa em uma a três semanas. Complicações ou recorrências podem retardar a recuperação. Os indivíduos que apresentam um câncer que invadiu o pericárdio raramente sobrevivem mais de doze  meses.
Tratamento:
Geralmente, os médicos hospitalizam os pacientes com pericardite aguda , administram drogas que reduzem a inflamação e a dor ( como a aspirina ou outros antiinflamatórios ) e observam esses pacientes atentamente, verificando a ocorrência de complicações ( sobretudo do tamponamento cardíaco).
A dor intensa pode exigir o uso de um analgésico opiáceo, como a morfina, ou de um corticosteróide ( om mais comumente utilizado contra a dor intensa é a prednisona ). O tratamento posterior da pericardite aguda varia dependendo da causa básica. Os indivíduos com câncer podem responder à quimioterapia ( tratamento à base de drogas contra o câncer) ou à radioterapia. No entanto, eles são freqüentemente submetidos à remoção cirúrgica do pericárdio.
Os indivíduos submetidos à diálise devido à insuficiência renal normalmente respondem às alterações de seus esquemas de diálise. Os médicos tratam as infecções bacterianas com antibióticos e drenam cirurgicamente o líquido purulento acumulado no pericárdio.
Sempre que possível, as drogas que podem causar pericardite aguda são suspensas. Os indivíduos com episódios repetidos de pericardite aguda resultante de infecção viral, lesão ou causa de desconhecida , podem obter alívio com a aspirina, o ibuprofeno ( antiinflamatório ) ou corticosteróides . Geralmente, quando o tratamento medicamentoso não é bem sucedido, é realizada a remoção cirúrgica do pericárdio ( pericardiectomia ).
Prognóstico ( gravidade ):
Dependerá da causa da pericardite .  Esta poderá ser causada por uma doença auto-limitada como um vírus , ou , por outro lado , ser causada por uma doença crônica , que cursa com elevada mortalidade , como a insuficiência renal crônica.
A presença de tamponamento cardíaco, aumenta os risco mais imediatos da doença. 

pubicação do site: http://portaldocoracao.uol.com.br/materias.php?c=doencas-cardiovasculares-az&e=1272
 HEMANGIOMAS




Hemangiomas são pequenos tumores benignos formados por vasos sanguíneos enovelados. Surgem durante a formação do embrião, antes do nascimento, podendo ocorrer em diversos órgãos, entre eles a pele e o fígado. Manchas de nascimento vermelhas normalmente são causadas por hemangiomas na pele.
   Em geral, o hemangioma permanece inalterado após o nascimento, podendo crescer mas raramente causa algum sintoma, principalmente quando está localizado no fígado. Lá, é encontrado geralmente ao acaso, por algum exame (ultrassonografia, tomografia ou ressonância) realizado por outro motivo.

   Os hemangiomas são os tumores benignos do fígado mais comuns, geralmente encontrados em mulheres jovens (pelas ecografias ginecológicas de rotina). Acometem de 0,4 a 7% de toda a população e são múltiplos (mais de um) e 70% dos casos. Geralmente as lesões são pequenas, mas em 10% dos casos podem ultrapassar 5 cm de diâmetro, sendo chamados de gigantes.
   Sintomas são incomuns e, mesmo nas pessoas com sintomas (dor abdominal, empachamento após alimentação, febre, náuseas e vômitos), muitas tem outra doença (como dispepsia) e acabam descobrindo o hemangioma por acaso.
   No entanto, se o hemangioma é muito grande (alguns chegam a ocupar quase todo o fígado), há o risco de que se rompa (após trauma, é raro que se rompa sozinho), gerando hemorragia interna ou que forme coágulos no seu interior, que consomem plaquetas e fatores da coagulação e provocam facilidade de hemorragias em outros órgãos (síndrome de Kasabach-Merrit). Mas mesmo nos hemangiomas gigantes os sintomas são incomuns e o mais comuns são os causados por empurras outras estruturas como o estômago, gerando saciedade precoce.

publicação do site: http://www.hepcentro.com.br/hemangioma.htm
 Arterite de Células Gigantes



     A Arterite de Células Gigantes é de etiologia desconhecida e ocorre predominantemente em caucasianos, sendo rara em negros. A sua prevalência é de 1 a 10 casos por 100.000 habitantes na faixa etária após os 50 anos, além de ser 3 vezes mais freqüente em mulheres (provavelmente devido a fatores hormonais). A incidência da doença aumenta com a idade, o que levanta a suspeita de tratar-se de uma reação auto-imune que se desenvolve com o envelhecimento.
   Acomete vasos cujas paredes contêm tecido elástico, sugerindo que a elastina torna-se antigênica com o tempo; no entanto, não foram encontrados anticorpos anti-elastina nem alterações imunológicas celulares ou humorais. O que se sabe é que pacientes com Arterite de Células Gigantes e Polimialgia Reumática (uma variante) têm prevalência aumentada de antígenos de histocompatibilidade HLA DL-4 e CW3. Uma importante característica é o fato de as artérias intracranianas serem poupadas por não possuírem tecido elástico. Assim pode-se dizer que, quanto mais tecido elástico houver na artéria, maior a probabilidade de desenvolver Arterite de Células Gigantes.
Sendo uma doença sistêmica, quando do aparecimento da cefaléia, deve-se pesquisar a presença de arterite em todo o corpo.
As artérias mais freqüentemente envolvidas são :
  • Temporal Superficial : 100% dos casos. Mesmo nos casos ocultos uma biópsia desta artéria faz o diagnóstico se a doença estiver presente. A palpação da artéria temporal é de suma importância, podendo ser observado dolorimento e pulsação diminuída.
  • Vertebral : 100%
  • Oftálmica : 76%
  • Ciliar posterior : 75%
  • Carótida Externa : 45%
  • Carótida Interna : 38%
  • Central da Retina : 26%, sendo que sua porção proximal é a mais acometida (60%).
  • Aorta : 14%
  • Coronárias, Mesentéricas e femorais: 10%
Seguem as características histológicas da Arterite de Células Gigantes:
  • enfraquecimento e rotura da parede vascular;
  • camada muscular interna fragmentada;
  • camada média degenerada, perda das células musculares;
  • inflamação proeminente da camada adventícia;
  • reação inflamatória linfocítica, com histiócitos e células epitelióides;
  • células gigantes multinucleadas próximas às células musculares degeneradas ou à elastina fragmentada;
  • lesões inflamatórias esparsas e irregulares nos vasos.
SINTOMATOLOGIA

A sintomatologia está muito mais associada a queixas gerais do que à cefaléia propriamente dita. O paciente pode apresentar:
  • Febre, adinamia, inapetência, perda de peso.
  • Mialgias inespecíficas, principalmente pela manhã (o paciente tem um despertar difícil), com rigidez do pescoço e da musculatura da cintura escapular e pélvica.
  • Claudicação durante a marcha.
  • Claudicação da mandíbula: parece que "cai a mandíbula", sente muita dor e não consegue mastigar ou falar. Ocorre nos casos em que há arterite na artéria facial.
  • Claudicação da musculatura da língua e da deglutição e espasmos dos músculos da mastigação, denominado de trismo.
Estes sintomas apresentados fazem parte do quadro geral do paciente, que além disso apresentam na grande maioria das vezes um quadro de cefaléia.
Todo tipo de manifestação oftalmológica pode acontecer na Arterite de Células Gigantes. Dentre elas estão :
  • Neuropatia óptica isquêmica anterior;
  • Neuropatia óptica isquêmica posterior;
  • Obstrução da artéria central da retina;
  • Isquemia do quiasma óptico, amaurose fugaz;
  • Alucinações visuais, edema ou ulceração da córnea;
  • Catarata, glaucoma, conjuntivite;
  • Miose, midríase, síndrome de Horner;
  • Diplopia, oftalmoplegia, nistagmo, ptose;
Dentre as manifestações neurológicas, a principal queixa é a cefaléia. A cefaléia apresentada é nova (iniciada a pouco tempo, em torno de 15 dias a 1 mês, e diferente de outra dor de cabeça que poderia ter anteriormente). Caracteriza-se por uma dor intensa, uni ou bilateral, com períodos de intensificação, superficial, piora com o contato (pentear cabelo, escovar os dentes, coçar a testa). Além desta pode apresentar uma série de outras manifestações, como :
  • Depressão, confusão mental, demência, psicose;
  • Infarto ou hemorragia cerebral, episódios isquêmicos transitórios;
  • Ataxia, tremor, surdez, tinitus, vertigem (manifestações relacionadas a artéria facial);
  • Paralisia facial;
  • Síncope, convulsões, meningismo, diabetes insípido;
  • Mielopatia transversa;
  • Neuropatias periféricas.
Estas outras manifestações não são tão freqüentes como a cefaléia, mas em alguns casos é a cefaléia que pode estar ausente, com a presença de outros sintomas (Arterite de Células Gigantes Oculta). A perda visual pode ser, neste caso, a primeira manifestação. Esta é uma característica importante pois cerca de 32% das Arterites de Células Gigantes podem cursar sem cefaléia.

TRATAMENTO
 
A Arterite de Células Gigantes responde ao tratamento com corticóides apresentando boa resposta, diminuição dos sintomas e melhora da qualidade de vida do paciente.

publicação do site: http://www.famema.br/ligas/cefaleia/arterite.htm
 
Esclerose sistêmica


Doença do tecido conjuntivo difuso caracterizada por alterações fibróticas, degenerativas e inflamatórias da pele, dos vasos sangüíneos, dos músculos esqueléticos e dos órgãos internos.
A causa da esclerodermia é desconhecida. A doença pode produzir sintomas locais ou sistêmicos. O curso e a gravidade da doença variam extensamente. Os depósitos de excesso de colágeno na pele e em outros órgãos produzem os sintomas. Acredita-se que ocorram danos aos pequenos vasos sangüíneos dentro da pele e dos órgãos afetados. Na pele, podem ocorrer ulcerações, calcificações e alterações na pigmentação. As características sistêmicas podem incluir fibrose e atrofia do coração, pulmões, rins e trato gastrointestinal. A doença geralmente afeta pessoas entre 30 e 50 anos de idade. As mulheres são afetadas com maior freqüência que os homens. Os fatores de risco incluem exposição ocupacional ao pó de sílica e ao cloreto de polivinil. A incidência é de 2 casos em cada 10.000 pessoas. 

publicação do site: http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/000429.htm

Alcaptonúria



Distúrbio hereditário raro do metabolismo, caracterizado pela urina que se torna negra quando em contato com o ar e pelo desenvolvimento de artrite na idade adulta.
A alcaptonúria é um distúrbio hereditário autossômico recessivo. Esse distúrbio está ligado ao metabolismo da tirosina (um aminoácido), sendo causado por um defeito na enzima oxidase do ácido homogentísico. Esse ácido é excretado na urina e assume uma coloração negra ao entrar em contato com o ar.

publicação do site:  http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/001200.htm